Um recipiente especialmente preparado para guardar mensagens ou objetos que possam ser resgatados após um certo período de tempo. Essa é a definição de cápsula de tempo, um recurso que por dois anos foi utilizado pelas professoras do Infantil B para armazenar todas as expectativas das crianças em relação ao ingresso no Infantil C. Só que em 2020, a atividade foi reinventada, e a cápsula ganhou um novo formato.

Como será o Infantil C? Como será a minha profe? Qual bichinho irá representar minha turma? Essas e várias outras perguntas costumam povoar a mente das crianças do Infantil B, que embarcam em uma nova jornada de aprendizagem no Infantil C. Para trabalhar com as emoções trazidas por essa transição, as professoras junto com os alunos e as famílias criaram uma cápsula do tempo. “No momento de celebração do final de ano, com as famílias, as crianças registravam as suas expectativas por meio de desenhos e os pais se tornavam os escribas de todos aqueles sentimentos. Tudo era depositado na cápsula”, explica a professora Renata Marques, do Infantil B.

Com as mudanças ocasionadas pela pandemia, como realizar essa atividade? Renata conta que a reinvenção foi a chave para prosseguir. “O ano foi cheio de desafios, mas percebemos que tínhamos de pensar em um novo formato de cápsula, dada a importância dessa estratégia. Foi então que surgiu a ideia do pendrive, junto com a professora de Linguagem Digital”, relembra. A partir desse recurso, foi possível incluir também as crianças que continuaram em suas casas, na modalidade remota, cujas produções foram registradas com a ajuda da captura de tela. Todos os desenhos e escritas serão digitalizados e armazenados no dispositivo, que será entregue para a respectiva professora do Infantil C em 2021.

Além do trabalho com as emoções, a atividade também busca resgatar o senso de turma, conforme explica a professora Renata. “Como tivemos cerca de uma ou duas semanas de aulas presenciais no início do ano, e hoje a turma está separada em dois grupos, as crianças não conseguiram conviver muito com os colegas. Diariamente temos de retomar que eles fazem parte de uma turma maior”, destaca. Para ajudar nesse processo, foi criado um jogo digital chamado “Qual é o nome?”, que tem como objetivo relacionar as fotos das crianças de toda a turma aos seus nomes.

E o desejo para o ano que está por vir? “Esperamos que o próximo ano traga novas aprendizagens e descobertas e que as propostas agucem ainda mais a curiosidade das crianças. Que juntas possam buscar alternativas para enfrentar os desafios propostos, destacando as potencialidades de cada um. Queremos que elas sejam felizes”, deseja Renata.