Cinco projetos de alunos anchietanos (clique aqui para ler o resumo de cada um) foram selecionados para participar do XVI Salão UFRGS Jovem, que iniciou na segunda-feira, dia 21, e termina hoje. Todos eles fizeram parte da Mostra Científica do Colégio Anchieta, em junho.

O projeto Mina Guaíba e suas ameaças à sociedade, de autoria da aluna Isadora Rivero, turma 105, e orientado pelo professor de Sociologia, Pablo Fernandes Costa, foi destaque no primeiro dia do Salão e recebeu premiação nesta sexta-feira. O objetivo deste projeto foi apresentar os perigos envolvendo a possível abertura da Mina Guaíba pela mineradora Copelmi nas proximidades de Porto Alegre. Para o professor Pablo, a iniciação científica é importante para a trajetória educacional, acadêmica e profissional pois estimula a curiosidade, a assimilação de conteúdo teórico, o senso de metodologia e o aprimoramento da criticidade. “O Colégio Anchieta, além de promover atividades de cunho extensionista como palestras e oficinas, busca instigar potencialidades singulares e coletivas das(os) estudantes através da Mostra Científica, culminando ao Salão UFRGS Jovem. O apoio e incentivo à realização de atividades de pesquisa permitem explorar novas habilidades, garantindo o desenvolvimento das dimensões cognitivas, comunicativas, éticas e afetivas. A informação é um instrumento de emancipação e transformação social”, comenta.

Premiado na Mostra Científica do Colégio Anchieta na categoria Ensino Fundamental, o projeto Depressão e seu Efeito no Cérebro Humano, teve como autoras três alunas da turma 86: Andressa Souza, Camila Marques e Johanna Cheuiche e orientação da professora Rayane Levices. O trabalho das alunas teve como objetivo conscientizar e alertar as pessoas a respeito da depressão, bem como apresentar seus efeitos no cérebro humano através de maquetes, comparando quando o órgão está doente e quando está saudável. “Foi especial orientar o trabalho das alunas Andressa, Camila e Johanna, que se empenharam em estudar a respeito de um assunto tão atual e até mesmo incompreendido por muitas pessoas, que é a depressão, considerada a doença do século e que acomete inclusive jovens de sua faixa etária. As alunas foram além dos próprios conhecimentos estudando um conteúdo até então não abordado nas aulas de Ciências, o Sistema Nervoso Humano”, conta a professora Rayane.

O aluno Pedro Pereira, da turma 63, foi o responsável pelo projeto Irrigador Automático Superinteligente. Orientado pelo professor Diego Sampaio, o projeto consiste na prototipagem de um irrigador automatizado de plantas, aplicando noções de robótica e a utilização de uma plataforma de testes Arduino UNO R3, em conjunto com sensores de umidade de solo, e um receptor que verifica a melhor ocasião para a irrigação. O objetivo versa em explorar o uso de teorias como a robótica e sistemas inteligentes para otimizar a rega de vegetais, podendo ser benéficas para a economia de recursos naturais. “Eu fiquei muito orgulhoso por ele ter conseguido desenvolver o projeto sozinho. Para um aluno do 6º Ano, isso é bem importante, pois conseguimos observar que a educação se desenvolveu de forma integral. Eu acho muito importante a inserção dos alunos na pesquisa científica e que o Pedro seja exemplo para os colegas da série e de outras séries em relação à pesquisa de forma geral”, destaca o professor Diego.

Também participante do Espaço Jovem Cientista da PUCRS, no início do mês, o projeto Trem magnético: mobilidade urbana do futuro apresenta uma solução para o sistema de transporte atual. Os alunos Isabela Brasil, da turma 86, e Enzo Martins, da turma 82, orientados pela professora Marcela Rivas, apresentaram o funcionamento e as vantagens dos trens magnéticos (Maglevs). A justificativa para desenvolver o trabalho deveu-se grande problema com o sistema de transporte terrestre e aéreo no mundo, que têm gerado altos custos, poluição e atrasos. “Os alunos descobriram que, no futuro, as pessoas possivelmente irão à estação dos trens magnéticos em vez dos aeroportos ao viajar para longas distâncias. O embarque e o desembarque serão rápidos e as pessoas poderão chegar aos locais no horário exato, sem atrasos. O trem magnético é uma solução rápida, pois não polui o ambiente e proporciona viagens mais baratas. A expectativa é de que esses trens flutuantes revolucionem o transporte entre as cidades”, completa a professora Marcela.

Exploração Espacial foi o título dado ao projeto do aluno Guilherme Haussen, da turma 93, e orientado pela professora Sabrina Pires. O trabalho abordou o tema da exploração espacial, demonstrando a importância desse assunto para a sociedade atualmente e no futuro, por meio dos argumentos favoráveis e contrários à realização de missões. De acordo com a professora orientadora, a iniciação científica contribui para desenvolvimento científico, tecnológico, na capacidade sociocognitiva dos estudantes. “Os benefícios evidenciam-se no desenvolvimento de formas mais elaboradas de pensamento e de capacidades para trabalhar individualmente ou em equipe. Por conta disso, os estudantes aprendem a formular questões e problemas de pesquisa, a realizar procedimentos para examinar suas teorias, e a revisar contradições em seus modelos explicativos. Simultaneamente, aprendem a respeitar o outro, a cumprir regras e a manter acordos livremente combinados”, afirma a professora Sabrina.

O Salão UFRGS Jovem é uma atividade de cunho científico-tecnológico-cultural, que promove a interlocução entre os alunos da Educação Básica e da Educação Profissional Técnica de Nível Médio e a comunidade em geral, a partir da exposição das pesquisas já em desenvolvimento no ambiente educacional.