Na semana passada, os alunos da 2ª Série do Ensino Médio conheceram um pouco mais da realidade da Amazônia. O jesuíta Edmo Flores dos Santos, de descendência indígena, conversou com os alunos, durante as aulas síncronas de Ensino Religioso do professor Clândio Cerezer, sobre sua atuação no Serviço Jesuíta pela Amazônia, um projeto da Companhia de Jesus que busca a defesa dos povos e a justiça socioambiental.

Edmo vive no Alto Solimões, região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, local onde pelo menos 30 comunidades vivem isoladas. O trabalho realizado por ele dentro do Serviço Jesuíta pela Amazônia é atender essa população em suas necessidades mais básicas. “A Amazônia foi escolhida pelos jesuítas como uma das Preferências Apostólicas, pois constitui um dom de Deus para o mundo, precisa ser cuidada, valorizada”, explica.

O jesuíta explica que nesses locais o Estado tem presença mínima, a Igreja leva seu papel evangelizador e o Exército tem a missão de cuidar das fronteiras. Segundo ele, neste período de pandemia, muitas pessoas foram infectadas pela Covid-19, evidenciando ainda mais a falta do Estado. “Muitas pessoas morreram porque não sabiam se cuidar, fato que mostra ainda mais a presença mínima do Estado”, conta. Para dar conta disso, o Exército vem auxiliando na conscientização das pessoas sobre os cuidados básicos.

Para o professor Clândio, o objetivo da atividade é proporcionar a conscientização dos alunos sobre a importância da preservação da Amazônia e seus povos. “Tomar consciência para, acima de tudo, preservar. Meu desafio como professor é ajudar a mudar conceitos, uma vez que hoje temos muito presente o fator de exploração do meio ambiente”, afirma.