A busca pela profissão começa a ser uma realidade muito próxima dos alunos que estão no Ensino Médio. É hora de escolher um caminho, uma área de atuação, e é nesse momento que as dúvidas começam a surgir e a preocupar também os pais. Para tentar amenizar essas tensões, a Rede de Pais do Colégio Anchieta propõe encontros para refletir sobre o assunto e ajudar as famílias nesse que é um período de transição para os filhos. E foi sobre profissões e tendências para o futuro que o Diretor de Graduação da Unisinos, Gustavo Borba, falou ontem à noite no Auditório 2 do Colégio a uma plateia atenta de pais e alunos.
Segundo Borba, o grande desafio que se apresenta hoje é como formar os alunos com competências para o mercado de trabalho, visto que o cenário atual envolve mudanças tecnológicas profundas que impactam nossa vida diária. “Hoje a informação vem pronta, mas é importante ensinar aos jovens como analisar essa informação. Além disso, essa nova geração tem outra relação com a tecnologia, com as profissões e com as próprias instituições”, comentou.
As tendências que devem trazer impacto para as novas profissões, conforme o palestrante, estão ligadas à ênfase crescente na inovação; à busca pela qualidade de vida; ao envelhecimento populacional e à preocupação com o meio ambiente. Diante dessas ideias, Borba apresentou ao público diferentes pesquisas que mostram algumas áreas que tem grandes perspectivas para o futuro como Agricultura, Manutenção, Construção (principalmente Arquitetura), Engenharias (principalmente Mecânica e Civil), Design (orientado para inovação), Gestão Financeira e Análise de Dados (TI).
Para Borba, as competências essenciais, por trás dessas profissões, seriam dispostas em quatro eixos: domínio da base da área pretendida e como pode ser aplicada de forma transdisciplinar; desenvolvimento de uma olhar crítico e inventivo; empreendedorismo e capacidade de resolução de problemas; ética e consciência global. Para desenvolver essas competências, Borba diz que é preciso aceitar as falhas. “A ignorância faz parte do processo e para mim aceitar a falha é uma competência transformadora”, explica. Além disso, a perspectiva sistêmica, ou seja pensar no todo, e a visão projetual, focando em projetos e ações, seriam características importantes a serem trabalhadas nos alunos para que possam enfrentar melhor os desafios do mercado de trabalho.