Durante o 1º e o 2º semestres deste ano letivo, os estudantes do 1º ano tiveram encontros com a Orientadora Educacional com vistas à promoção do desenvolvimento socioemocional.  Por meio do reconhecimento e da identificação dos sentimentos e emoções e da prática reflexiva, eles foram gradativamente, com o apoio da família e do Colégio, constituindo-se como seres mais empáticos e humanos.

Saber expressar os sentimentos é uma das habilidades essenciais trabalhadas nesses encontros. Mediados pelos educadores, os estudantes aprendem a buscar o equilíbrio entre o sentir e o agir. Para isso, os serviços de Orientação Educacional (SOE) e o Serviço de Orientação Religiosa e Pastoral (SOREP) oportunizam reflexões e vivências durante o ano acerca de um dos valores trabalhados na escola: a amizade.

História “O Coelho sem Orelhas”, retratando o respeito às diferenças, discriminação , emoções básicas e prevenção ao bullying.

Projeto “Educando as Emoções”

No Colégio Anchieta, a temática do bullying é debatida desde cedo.  No 1º ano, por meio do projeto Educando as Emoções, os estudantes são incentivados a identificarem sentimentos e emoções em si e no outro por meio de recursos pedagógicos que os levam a reflexões e à construção de alternativas de solução para as situações cotidianas, vivenciadas no ambiente escolar. “Entendemos que, na medida em que a criança reconhece e fala dos seus sentimentos, torna-se apta a resolver problemas de maneira mais equilibrada, conseguindo se colocar no lugar do outro, com o apoio dos adultos, minimizando as possíveis práticas de bullying”, explica Luciane Costa dos Santos, Orientadora Pedagógica do 1º Ano do E.F. Esse entendimento vai sendo vivenciado, elaborado pelo estudante na sua vida pessoal e escolar, dia após dia, com o apoio da família e dos educadores, durante todo o seu percurso de vida. E assim percebe-se, na prática, que “educar para as emoções é preventivo a atos de bullying”, conclui.

 

O cérebro e seus moradores

A Orientadora Educacional abre espaço para perguntas e reflexões após apresentação da peça “O cérebro e seus moradores”.

No mês de setembro, os estudantes assistiram à peça O cérebro e seus moradores, atividade planejada pela Orientadora Educacional Luciane Santos, sob a coordenação do professor Ramon Ortiz.  A peça foi baseada no história infanto-juvenil de mesmo nome, escrita pelas autoras Luciana Tisser e Vanina Cartaxo.

O teatro é uma ferramenta pedagógica. “Além de ser uma disciplina independente, também pode auxiliar professores de outras áreas a trabalhar conteúdos densos de forma mais divertida, integrada e lúdica”, conta Ramon Ortiz. O professor ainda explica que, ao criar situações distintas da realidade dos estudantes, a atividade promove experiências transformadoras, reflexão, desenvolvimento da expressão verbal e física e expansão da comunicação.

Na apresentação, o professor e as seis estudantes da Escola de Artes do Colégio deram vida a sete importantes personagens: o cérebro, a Dona Correspondência e seis emoções básicas, denominadas alegria, tristeza, medo, nojo, raiva e amor. Diante de reflexões sobre a função e a importância de cada uma das emoções, foi exposto aos estudantes que cada uma delas tem a sua importância e funcionalidade na vida dos humanos. Assim, “os estudantes puderam perceber que a harmonia e a regulação dos sentimentos propiciam a boa convivência entre todos”, finaliza Luciane Costa dos Santos.

 

Encontro sobre a amizade, atitudes de boa convivência e atitudes que levam ao bullying.

Prevenção e combate ao bullying

Dando continuidade ao projeto, no mês de outubro os estudantes refletiram com o SOE sobre atitudes de amizade e ações que podem levar às práticas de bullying. O dia 20 de outubro é considerado o Dia Mundial de Combate ao Bullying, sendo esse o mês de prevenção e alerta internacional. Destaca-se em especial a Lei 13185/15, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, a qual considera como “intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”.

A educação socioemocional faz parte da formação integral proposta pela Rede Jesuíta de Educação (RJE) com o objetivo de desenvolver a pessoa em sua inteireza, tornando-a capaz de ser consciente, compassiva, competente e comprometida consigo, com o outro e com o mundo. Assim, fortalecida, a pessoa é capaz de gerenciar sua vida de forma mais tranquila, discernida e empática no contexto em que vive, seja durante a infância, seja na vida adulta.

Texto produzido pela Orientadora Educacional do 1º Ano do Ensino Fundamental, Luciane Costa dos Santos, com a colaboração do setor de Comunicação e Marketing do Colégio Anchieta.