A Avaliação como perspectiva para a Aprendizagem Integral
A avaliação não deve ser vista como um ato isolado, mas sim integrada a um aspecto mais amplo que influencia de uma forma ou de outra toda a ação educativa. Essa avaliação contempla, na sua essência, tanto a dimensão cognitiva (intelectual) quanto as dimensões socioemocional e a espiritual-religiosa do educando e, como parte integrante da proposta curricular e da implementação do currículo, torna-se redimensionadora da ação pedagógica, caracterizando-se assim, como diagnóstica, processual, formativa e contínua.
Durante o ano de 2017, o Colégio Anchieta voltou-se, num processo reflexivo, sobre seu sistema de avaliação, buscando aprimorar o seu modo de avaliar. O resultado dessa caminhada realizada ficou firmado no modelo abaixo apresentado:
Avaliação da Aprendizagem
O modelo de avaliação do 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio divide o ano letivo em três trimestres e expressa os resultados por um sistema de notas numéricas (0 a 10). Cada trimestre é planejado a partir de um encadeamento lógico de objetivos de avaliação que contemplem as dimensões cognitiva, socioemocional e espiritual-religiosa.
Estes objetivos são avaliados em três blocos dentro de cada trimestre: Parcial 1, Parcial 2 e Acompanhamento Processual Contínuo (APC), assim distribuídos:
Cada Avaliação Parcial tem seus objetivos específicos, sendo o mínimo para aprovação 60% em cada Parcial, a qual pode ser constituída por diferentes instrumentos avaliativos e envolver um ou mais objetivos, correspondentes ao que foi trabalhado no trimestre até aquele momento, contemplando os conceitos e conteúdos centrais desenvolvidos.
O Acompanhamento Processual Contínuo (APC) corresponde a atividades diversificadas realizadas ao longo do trimestre pelos alunos. O APC apresenta uma ênfase na dimensão cognitiva, socioemocional e espiritual-religiosa, ampliando e dando maior visibilidade ao olhar do professor em direção a uma avaliação integral e trazendo critérios objetivos para a mensuração dos resultados em aspectos como pontualidade, participação, responsabilidade e interesse dos alunos.
Em termos de sua inserção no sistema de avaliação, ressalte-se que:
O APC pode ser constituído por diferentes instrumentos avaliativos e vale até um ponto, sendo agregado à média obtida pelo aluno no trimestre quando atingido o mínimo de 60% (nota 6).
O APC não será recuperado, constituindo-se como uma nota atribuída aos alunos por seu envolvimento, comprometimento e participação no processo.
A apuração do resultado do trimestre gera uma Nota Trimestral (NT), de valor numérico, que é apurada no final do Trimestre para todos os alunos que obtiverem 60% (nota 6) na Parcial 1 e na Parcial 2.
Recuperação Trimestral: os alunos que não atingirem o mínimo de 60% (nota 6) nas Parciais serão encaminhados para a Recuperação Trimestral (RT), a ser realizada no contraturno, proporcionando-se a continuidade do processo de aprendizagem no turno regular.
Depois da Recuperação Trimestral, o aluno terá sua nota recalculada nas parciais em que tiver atingido o mínimo de 60% (nota 6).
Reavaliação Final: o aluno será encaminhado à Reavaliação Final (RF) de dezembro para refazer as Parciais sempre que não tiver atingido 60% (nota 6), mantendo-se o mínimo de 60% para aprovação. Caso o aluno, na Recuperação Trimestral, tire nota inferior à já atingida na Parcial, prevalecerá aquela de maior valor.
Reavaliação Entre Períodos: os alunos com reprovação em um componente curricular terão possibilidade de fazer a Reavaliação Entre Períodos (REP). Na REP, o aluno refaz apenas as Parciais que não tiver atingido na Recuperação Final de dezembro.
Embora expressa por notas, a avaliação do 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio corresponderá também a uma escala de menções de quatro níveis de proficiência, para que aluno e família visualizem o grau de desempenho obtido.
Escala de conversão de notas em menções no final do trimestre, considerando-se 4 níveis de desempenho:
Com base nessa conversão, pode-se distinguir o desempenho que se estabelece num nível básico, daquele que se dá em nível de excelência. A ideia é que se possa acompanhar de forma mais transparente e qualificada tanto o ensino quanto a aprendizagem.
Os critérios de registro adotados pelo Colégio visam, assim, garantir a valorização do acompanhamento processual dos alunos (cura personalis), considerando-os em suas diferentes dimensões. De fato, o sistema busca valorizar competências e habilidades que ultrapassem os limites restritos das provas cognitivas, buscando-se superar o paradigma tradicional, que concebe a avaliação como um momento isolado de verificação de aprendizagem.
O Serviço de Orientação Pedagógica irá organizar, ao longo do ano de 2018, uma série de momentos de partilha de informações sobre esse modelo, garantindo sua apropriação e pleno entendimento por parte de todos os envolvidos no processo.