Desde a semana passada, no Laboratório de Informática localizado na Biblioteca, só se fala em códigos, comandos, “sprites”e outros termos utilizados na linguagem de programação. É que os alunos do 9º Ano estão participando de um intensivo sobre programação de jogos junto com os alunos do curso de Jogos Digitais da Unisinos. Durante a aula de Introdução ao Pensamento Computacional do professor Leonardo Boita, os alunos se preparam para participar da GGJ Next (Global Game Jam Next), em julho.

Dois motores de jogos estão sendo vistos durante esse período, o Godot Engine e o Blender. Os dois são aplicações de código aberto para criação de jogos, explorados durante as aulas pelos alunos Natan Schneider e Thiago Hardt, programadores e alunos do curso de Jogos Digitais da Unisinos. “É fundamental um trabalho conjunto entre Unisinos e o Colégio Anchieta. Tratando especificamente do curso de Jogos Digitais, é uma maneira de formar jovens com novas tecnologias e apresentá-los os Jogos Digitais não só como entretenimento, mas como uma possibilidade de carreira. Para o Colégio Anchieta, é uma forma de integrar novas tecnologias em sala de aula, desenvolver o pensamento projetual e computacional em seus alunos”, explica o coordenador do curso, professor João Ricardo de Bittencourt.

Depois dos workshops, 40 alunos poderão formar equipes para participar da GGJ Next, entre os dias 11 e 12 de julho. Esse é o maior evento de desenvolvimento de games que acontece no mundo inteiro, com o intuito de disseminar o processo de criação de jogos globalmente, por meio da programação, do design interativo, da exploração da narrativa ou expressão artística.

Essa iniciativa tem o apoio das Tecnologias Educacionais do Colégio Anchieta, que fez a intermediação entre colégio e universidade. “O Colégio Anchieta na busca de uma aprendizagem integral, através das tecnologias digitais, instiga seus alunos a participarem de um desafio internacional de programação, extrapolando os muros da instituição, e motivando o aluno a não parar de buscar o conhecimento só porque a aula acabou”, explica a professora Joelene Lima.

Bittencourt acredita que a aproximação entre colégio e universidade pode trazer novos frutos no futuro. “Além da Game Jam, essa aproximação poderia ser fortalecida quando pensamos em possibilidades futuras de criação de jogos digitais ou analógicos que possam ser usados no processo de ensino-aprendizagem”, prevê.