João Luiz Zen Muniz Marcon queria treinar a letra cursiva e decidiu escrever para o colégio, professores, colaboradores e colegas
O objetivo inicial da cartinha de João Luiz Zen Muniz Marcon, de sete anos, era exercitar a letra cursiva. No entanto, ela se transformou em uma lição de otimismo, somada à demonstração de amor pelo Colégio Anchieta e por aprender. O aluno do 2º Ano do Ensino Fundamental I escreveu uma carta cujo conteúdo chamou atenção dos pais e professores pela clareza na expressão das ideias e pela prova de afeto. “Ele está vivendo um momento especial na aprendizagem, a letra cursiva é um marco”, observa a mãe, Daniela Zen Muniz Marcon, 36 anos.
A mãe conta que foi do menino a ideia de escrever a carta. Aos poucos, foi construindo a narrativa com as letras ainda irregulares, mas dando forma a palavras muito significativas. “Ele foi nutrindo esse amor pela escola, sempre se sentiu muito acolhido”, conta Daniela. Com a suspensão das aulas presenciais, em março, as aulas síncronas proporcionaram a realização de um sonho de João Luiz: viver o processo de aprendizagem ao lado da família. “Em vez de nós estarmos com ele na escola, a pandemia trouxe a escola para dentro da nossa casa”, observa o administrador Roni Marcon, 44 anos, pai de João Luiz.
“Estamos vivendo um tempo diferente, mas muito especial em família. Gostaria de dizer que é muito importante nos cuidarmos neste momento”, diz João Luiz em sua carta. Ele conta que está gostando muito das aulas, se sente alegre, animado e com vontade de estudar. E dá a dica: “Como fazemos para nos dedicar? Claro, temos que fazer o nosso melhor pela oportunidade de estudar online e, ainda, ter o auxílio dos nossos pais”, destaca. Até a mana Maria Luiza, dois anos, é citada no texto: “Nossos dias ficam mais preenchidos e leves. Aprendi muito nesses meses, e minha irmã que tem dois aninhos, também aprende ao me observar.”
Daniela conta que o filho está bastante adaptado ao ensino remoto, apesar da saudade dos professores e dos amigos. “Algumas aulas online que assistimos, percebemos o quanto o João Luiz é amigão da turminha, o quanto é querido, é amoroso, brincalhão, respeitador e participativo”, relata a mãe. Ela ficou muito contente com os escritos do menino. “A carta ficou muito linda. Ele escreveu do início ao fim. Corrigimos e enviamos para que chegasse à coordenadora”, recorda a mãe.
João Luiz também se refere aos colegas. “Amigos, eu queria dizer que nós temos que estudar para nosso cérebro ser mais pensativo e potente. Cada dia temos uma aula nova, feliz e diferente. É como minha mãe sempre me diz: ‘tome sua decisão com amor, subindo um degrau por dia!’ Assim como construir uma casa, tijolinho por tijolinho, até a casa ficar pronta”, escreveu o aluno. E reforça o quanto gosta de aprender. “Veja com bons olhos, aprender é divertido, maravilhoso, incrível, fantástico e glorioso.” Por fim, faz um agradecimento ao Colégio Anchieta, por tudo o que tem proporcionado com tanto cuidado. “Para o colégio, todos os meus professores, colaboradores e amiguinhos, com amor. Em breve estaremos juntos, mas vou sentir saudades das aulas online, dos momentos de estudos em meu lar”, finaliza.