Na Semana da Consciência Negra, estudantes participaram de diversas atividades alusivas à data. Entre os destaques, está o Piquenique Literário, uma iniciativa do 3º Ano que encerrou os estudos sobre as heranças africanas e indígenas. O objetivo foi valorizar a diversidade cultural e promover a inclusão, evidenciando as contribuições e riquezas dessas culturas.
O evento aconteceu no bosque e contou com uma ambientação especial, repleta de artefatos africanos e indígenas, tecidos, capulanas, instrumentos musicais, bonecas negras, colares e cocares. “Os estudantes são convidados a desfrutar de literatura sobre a temática afro-brasileira e indígena. Os livros são selecionados pelos professores e pelo auxiliar de biblioteca. Um momento rico de leitura, contemplação e aprendizado”, destacou a Orientadora Religiosa, Espiritual e Pastoral Dionara Ritta.
Já no 8º Ano, os alunos participaram de um bate-papo inspirador com Juliano Ferrer, coordenador do projeto do Grêmio O Clube de Todos, Marcelo Carvalho, idealizador e diretor executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, e Mestre Guto, também membro do Observatório.
A palestra integrou o Projeto Bilíngue – PBI, com o tema “IF I WERE YOU… SE EU FOSSE VOCÊ”, sensibilizando os estudantes sobre a superação de atitudes preconceituosas. Foram destacadas a importância de ações baseadas em empatia, justiça e solidariedade no combate ao racismo.
Juliano Ferrer enfatizou a relevância do projeto O Clube de Todos, que atua contra diferentes formas de intolerância e racismo. “Precisamos cumprir essa missão de levar essa mensagem a todos”, concluiu. Ele também apresentou aos estudantes o mascote Flecha Negra, símbolo da luta antirracista do Tricolor e uma homenagem ao ídolo gremista Tarciso, o “Flecha Negra”.
Marcelo Carvalho detalhou a criação do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, cuja missão é monitorar, registrar e divulgar casos de racismo no futebol brasileiro, além de desenvolver ações educativas para erradicar o racismo que permeia a sociedade. Ele explicou que o Observatório nasceu a partir de uma pesquisa acadêmica que buscava responder se o racismo no futebol era esporádico ou recorrente. Hoje, o Observatório publica anualmente o Relatório da Discriminação Racial, abordando não só casos no futebol, mas também em outros esportes e contextos, incluindo preconceitos como machismo, lgbtfobia e xenofobia.
Por fim, Mestre Guto desceu do palco para interagir de perto com os estudantes, fomentando um debate aberto e dinâmico. Essa abordagem estimulou a participação ativa dos alunos, promovendo uma rica troca de ideias e experiências. A atividade gerou reflexões profundas e aprendizagens valiosas, incentivando um olhar mais consciente e inclusivo sobre as questões raciais e o papel de cada um no combate ao racismo.