A partir dos desafios que surgem para os estudantes do século 21, o Colégio Anchieta entendeu que é importante aprimorar a tecnologia educacional que compõe seu currículo. Para isso, tem desenvolvido a verticalização curricular da Educação Tecnológica e Cidadania Digital, prática realizada anualmente nas áreas de conhecimento de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso. A proposta foi sugerida pelo grupo de Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia da Educação (TE) do Planejamento Estratégico 2023/2025, composto por colaboradores acadêmicos e administrativos. “Nós queremos que esse projeto nos ajude a trabalhar e dar uma educação básica com o que consideramos fundamental sobre habilidades tecnológicas para que os estudantes se tornem cidadãos do século 21”, explica a Coordenadora Pedagógica da instituição, Dóris Trentini.
A verticalização tem como objetivo somar esforços com as competências gerais propostas pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que estipula que o ensino da tecnologia deve ser explorado, de acordo com o Ano/Série, a partir dos fundamentos do pensamento computacional, mundo digital e cultura digital. Com esse intuito, os estudantes já desenvolvem habilidades de raciocínio lógico, construção de soluções, utilização de diferentes ferramentas, assim como adquirem conhecimento sobre segurança digital, ética no uso da tecnologia, entre outros assuntos.
Embasado pela BNCC e outros documentos norteadores da elaboração dos currículos escolares e propostas pedagógicas, o aperfeiçoamento do currículo tecnológico é um passo essencial para a formação integral dos estudantes, nas dimensões cognitiva, socioemocional e espiritual-religiosa. Para atender as necessidades dos nativos digitais em um mundo cada vez mais tecnológico, essa mudança também deve promover os alunos o conhecimento e a autonomia necessárias para aplicar o pensamento crítico e a ética no uso das tecnologias da informação em diferentes contextos. “Quando falamos em formação integral no uso da tecnologia, isso também envolve aspectos como privacidade, segurança digital e a capacidade de avaliar criticamente as informações disponíveis online”, explica Caroline Fonseca, Orientadora Pedagógica de Tecnologia da Educação. Dessa forma, os alunos estarão melhor preparados para agir de forma consciente e responsável no ambiente virtual.
Trabalho colaborativo
Inserir a influência da tecnologia na cultura, nos valores e nas práticas de toda a comunidade escolar é um pré-requisito para o aprimoramento do currículo. Isso envolve a maneira como a tecnologia molda a identidade de estudantes, familiares, professores e funcionários da instituição, o que afeta suas formas de aprender, ensinar e interagir com o mundo digital, contribuindo para a experiência educacional de todos os envolvidos. Nesse sentido, as pesquisas e os estudos que deram vida ao projeto de verticalização foram muito além dos limites de sala de aula.
Para chegar ao diagnóstico institucional, as equipes de Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia da Educação (TE) mapearam a estrutura, os recursos atuais, os processos, as necessidades e as possibilidades nas diferentes etapas do currículo, bem como nos setores administrativos e organismos complementares da instituição. Desde então, diferentes frentes do Colégio trabalham colaborativamente com o objetivo de institucionalizar uma estrutura e um ambiente tecnológico unificado, visando consolidar a identidade e a cultura digital do Colégio ao oferecer mecanismos de apoio e suporte à proposta educativa e aos processos administrativos envolvidos no dia a dia.
“Onde uma área entende melhor a outra, todas ganham”, afirma o Supervisor de Tecnologia da Informação (TI), Antonio Fortunatto. Conforme explica o profissional, a fase de ação estratégica envolve diferentes frentes, como melhorias no currículo, definição do novo conteúdo programático, alinhamento dos seguimentos para que a progressão do ensino de tecnologias aconteça desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, carga horária e possíveis investimentos em hardwares e softwares. “Com essas mudanças, queremos melhorar ainda mais a formação dos nossos alunos, mas também que essas melhorias sejam notadas e admiradas por todos os nossos públicos”, disse Fortunatto.