“A proposta dessa atividade de hoje é de olharmos como as pessoas de diferentes lugares do mundo estão vivendo esse momento de pandemia”, propôs a professora Diéssi de Souza de Língua Inglesa a um grupo de alunos do 8º Ano, logo no início da aula síncrona desta manhã. As experiências foram compartilhadas pelas convidadas Bruna Luise, diretamente de Tóquio, no Japão, Laís Viana, de Lisboa, Portugal, e Tatiana Brahm, de Simpsonville, na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Bruna é professora de inglês e fotógrafa e mora em Tóquio há quatro anos. Segundo seu relato, por lá o governo não impôs medidas tão severas de isolamento, mas desde que decretou o estado de emergência ela e o namorado vêm trabalhando apenas em regime de home office e até julho não se prevê retorno das aulas presenciais. Não estranhou, porém, o uso de máscaras, já que por lá é algo cultural.

Lais também é professora de inglês e mora em Lisboa há um ano. Por se tratar de um lugar muito turístico, foi estranho não ver pessoas na rua e os portugueses respeitaram muito o isolamento, segundo ela, principalmente pela população ser mais idosa e estar muito preocupada com as mortes ocorridas na Espanha. Nesse momento, estão vivendo a reabertura dos locais, mas as pessoas ainda estão receosas.

Tatiana é fisioterapeuta e também dá aulas de inglês. Ela mora em Simpsonville há apenas dois meses. Conforme relatou ao grupo, sua mudança ocorreu logo no início da pandemia, o que dificultou um pouco o processo. Também está vivenciando um momento de reabertura dos locais, mas ainda com número limitado de pessoas acessando, como ocorre nos parques, por exemplo. “Se eu estivesse no Brasil talvez eu precisasse trabalhar no hospital, já que muitos profissionais têm sido requisitados”, conta.

As convidadas também compartilharam seus sentimentos em relação ao atual momento. “Sou abençoada por ter um trabalho, tive que me adaptar a essa realidade. Mas é uma oportunidade para mudar e aprender”, destaca Bruna. “Temos casa, comida, trabalho, devemos agradecer a Deus por isso. Estou preocupada com a minha família no Brasil, mas temos de encarar tudo isso”, ressalta Laís.

Para professora Diéssi, o encontro foi um ótimo momento. “É importante que os alunos conheçam outras realidades e como estão as coisas em outros países. Também foi uma oportunidade de escutar experiências de pessoas diferentes e melhorar suas habilidades em inglês”, ressaltou.

Na quinta-feira, dia 21, outro grupo de alunos do 8º Ano participou da atividade com pessoas no Reino Unido, Siane Simioni – enfermeira e tradutora – e em Portugal, Tatiane Carvalho – Professora de Inglês pela UNISINOS que está fazendo seu mestrado lá.