No mês de junho o Colégio Anchieta recebeu o advogado e professor universitário João Paulo Forster para um ciclo de palestras intitulado “O que eu deveria saber? Visões jurídicas sobre comportamentos escolares”. Saiba mais sobre a atividade no texto abaixo, escrito pelo Coordenador de Unidade de Ensino Fund. II e Ensino Médio, Cleiton Gretzler.

Em um contexto (pós) pandêmico adverso, é importante que os estudantes do 9º ano e do Ensino Médio e suas famílias possam perceber o alcance e as perspectivas norteadoras da educação jesuíta, presentes no projeto desenvolvido pela Coordenação de Unidade de Ensino, em parceria com as Equipes de Ano/Série e professores. O projeto, denominado “O que eu devia saber? Visões jurídicas sobre comportamentos escolares uma oportunidade de aprendizagem”, teve a intenção de salientar o fato de que todos os atores que compõe a comunidade educativa estão constantemente aprendendo a aprender (aprender a conhecer, aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver) e, a discernir. Nesse sentido, o Colégio organizou a atividade no intuito de contribuir para a compreensão de que a escola se propõe a ser um espaço em que o conhecimento seja visto não como algo acabado, mas, sim, como um lugar em que a ciência se faz na práxis do dia a dia. Uma escola reflexiva se compreender como uma comunidade de aprendizagem, um local no qual produz e se reflete sobre o contexto, tematiza a prática do cotidiano da vida escolar.

Categorias como espaço e tempo são resultados dessa experiência vivida. O que era fixo e irreversível abre espaço à pluralidade complexa das relações vivenciadas entre a história e o mundo. Ainda não existe, portanto, um modelo educativo complexo já pronto, mas sim em construção sendo feito. (GUIDINI, 2017, p. 94).

            De alguma forma, a impermanência, a incerteza do contexto de pandemia, entre outros fatores impuseram-se no contexto escolar, de modo que as vivências e práticas pedagógicas passaram a ser examinadas constantemente, para que pudéssemos modificar a experiência de aprendizagem e de ser como-os-outros-no-mundo, de modo que essas práticas não produzirem a resposta esperada nos cognoscentes.

Portanto, as palestras realizadas tiveram como objetivo trazer um novo olhar sobre o modo como somos e estamos apreendendo e convivendo no Colégio Anchieta, a partir de uma perspectiva técnico-jurídica sobre as ações e comportamentos que estão caracterizando as conexões dos alunos com seus colegas, dos alunos com os profissionais da educação e dos alunos com as regras de convivência e aprendizagem no contexto coletivo de uma instituição educacional. Ademais, o diálogo estabelecido tinha, ainda, como objetivo, trazer esclarecimentos sobre aspectos relevantes do comportamento dos adolescentes e jovens nas redes sociais.

Os temas abordados também foram objeto de diálogo e de atividades em diferentes componentes curriculares, considerando a especificidade de cada faixa etária. Sendo assim, a ideia que perpassou a construção e a idealização da atividade foi demonstrar que o olhar para a vida, do individual e coletivo, sob o prisma dos direitos e dos deveres, contribui de forma significativa para a formação integral dos nossos estudantes.