Cerca de 43% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos já viram alguém ser discriminado nas redes sociais. O dado faz parte da pesquisa TIC Kids Online 2019, realizada entre outubro de 2019 e março de 2020 com cerca de 3mil crianças e adolescentes e seus pais. O cyberbullying é uma prática recorrente nesse universo virtual e sobre esse tema a doutora em Direito Gabriela Amato Teixeira conversou com os alunos do Ensino Médio esta semana. Essa palestra fez parte do planejamento de vários componentes curriculares para todo o Ensino Médio.
Gabriela explorou os direitos e deveres nesses espaços virtuais e a diferença entre bullying e cyberbullying, que reside principalmente na mudança de ambiente, um é presencial e o outro é virtual, e na delimitação de seu alcance, um é limitado e o outro alcança uma proporção exponencial. Também explicou outras práticas recorrentes nos meios virtuais como extorsão (sextortion), aliciamento (grooming) e perseguição na internet (cyberstalking).
A palestrante ainda trouxe como exemplos de educação digital o programa oferecido pelo Ministério Público do RS, o MP ON, e guias elaborados pelo comitê Gestor da Internet (CGI). Ela ainda alertou para o cuidado no compartilhamento de conteúdos e que em casos de constrangimento no meio virtual, o usuário deve pedir ajuda e não ficar sofrendo sozinho. “Precisamos da internet, mas que a convivência nesse espaço seja tranquila e saudável. Que seja um espaço verdadeiramente democrático e de respeito às opiniões”, salientou.