Segunda edição do Projeto Paz pelo Esporte, desenvolvido com alunos do 4º Ano, traz novidades em 2021
Refletir sobre a situação e a integração de migrantes a partir do esporte. Esse foi o mote da segunda edição do Projeto Paz pelo Esporte, trabalhado com alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental I, que estudam ao longo do ano os processos migratórios e a formação do povo rio-grandense. O encontro contou com a participação de representantes do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR)e do venezuelano Héctor Lopez, que trabalha na Cruz Vermelha Internacional e mantém um projeto esportivo voltado aos filhos de migrantes venezuelanos que ensina beisebol. A atividade também integra o calendário da 36ª Semana do Migrante, que iniciou no dia 13 e vai até o dia 20 de junho e é organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
À frente da iniciativa, junto com o professor Luciano Ecker Santos, o professor Benhur Eidelwein mobiliza os alunos para a temática, que integra um dos projetos de Cidadania Global disponibilizado pela plataforma Educate Magis. “O esporte faz parte da cultura de um lugar. E às vezes, pode ser difícil se adaptar a um novo local, pois perdemos nossas referências”, explicou.
A fim de abordar essa questão migratória, Juliana Camelo e Cleber Santos, do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) bateram um papo com os alunos sobre o trabalho que realizam no atendimento, acolhida e proteção a essas pessoas que vêm de fora do país. O SJMR oferece orientações, apoio psicológico, integração comunitária e socioeconômica. “As pessoas quem vêm de outros países possuem culturas diferentes, línguas diferentes, mas quando estamos abertos a conhecê-los, a troca é muito rica. Eu aprendi e aprendo muito com eles”, contou Juliana.
Ao final, o venezuelano Héctor Lopez, junto com o filho Eduardo, falou com os alunos sobre o projeto que mantém para ensinar beisebol aos filhos de migrantes venezuelanos. As aulas acontecem todos os domingos, das 10h às 12h, e devem ser retomadas a partir do mês de setembro, em função do inverno e da pandemia. O beisebol, esporte que ele pratica desde os cinco anos de idade, seria como o futebol para os brasileiros.
Como fechamento do projeto, os alunos do 4º Ano produziram desenhos que serão entregues aos filhos de migrantes atendidos pela SJMR no dia em que os professores Benhur e Luciano desenvolverão uma aula nas comunidades atendidas. Junto aos desenhos, também irá um convite para essas crianças para que venham até o Colégio Anchieta praticar esportes e brincar com os alunos, assim que for possível. “Pretendemos, com essa aula, consolidar uma parceria que procura produzir novos frutos em vista da partilha de valores entre nossos alunos e essas crianças que estão procurando se adaptar em um novo local”, explicou Benhur.