Para marcar o início da 1ª Semana de Prevenção ao Bullying, estudantes do 8º Ano ouviram uma história sobre superação. Emilio Finger, empresário gaúcho, subiu ao palco do Auditório 1 na manhã da última segunda-feira (08) para apresentar a palestra “Gestão do Coração”. Nela, narrou com detalhes sua história marcada por desafios e conquistas e sobre como lidou com bullying.

Natural de Flores da Cunha, Finger foi diagnosticado com paralisia infantil ainda bebê, aos 6 meses de vida. Na época, os médicos falavam que ele nunca caminharia. Suas limitações o fizeram passar os primeiros anos se arrastando, mas com o auxílio dos pais e de seus 11 irmãos conseguiu vencer os desafios impostos pela doença.

Emílio contou que, ainda quando criança, passou por diversos procedimentos médicos, cirurgias e sessões de fisioterapia. Ele lembrou quando, aos sete anos, conseguiu ficar em pé pela primeira vez. “Meus irmãos me olharam e todos diziam para eu não cair, eu fiquei em pé por menos de um minuto, mas não importava, eu estava vencendo mais um desafio”, contou o empresário.

Depois disso o menino franzino não parou mais, jogou futebol, mergulhou, viajou pelo mundo, percorreu os 300 km de Santiago de Compostela. Nos próximos dias, Finger irá saltar de paraquedas. “Eu sei que tenho limitações, mas a única maneira de saber qual é o meu limite é testando”, falou o palestrante.

Questionado pelos estudantes de se sofreu bullying, Emílio diz que sim, mas que aprendeu a filtrar e excluir essas pessoas do ciclo de convivência. “Se alguém fazia bullying comigo, eu excluía da minha vida, não queria ela [a pessoa] do meu lado, como amigo. E podem acreditar, quem faz bullying sofre tanto quanto a vítima porque um dia ela vai lembrar do mal que fez a alguém e vai se sentir culpada, e nada é pior na vida que carregar culpa”, destacou.

Emilio Finger encerrou a palestra deixando a mensagem aos estudantes que tudo é um aprendizado na vida e que um dia eles irão lembrar que, quando estavam no 8º ano, um homem subiu no palco para contar uma história, mas que na verdade não era uma história, era a vida ensinando.